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Especial Mulher
O que é certo e elegante num casamento
 
 
Antigamente, eram os pais quem escolhiam os convidados e distribuíam os convites para o casamento de seus filhos. “Sei de gente que conheceu padrinhos em pleno altar, na hora do casamento, pois eram muito amigos dos pais”, conta a professora de etiqueta social Glorinha Braga Ortolan. Hoje isso mudou e é prioridade para os noivos escolherem seus convidados. “A preferência é dos noivos, o casamento é deles.” Nesse sentido, eles devem convidar quem é próximo e os parentes queridos. Se por exemplo, você brigou com uma prima, não há necessidade de convidá-la. O convite não é uma obrigação, e sim a participação de um momento importante de nossas vidas. Mas existem algumas regras para se convidar: os padrinhos devem ser pessoas queridas dos noivos, que serão convidados pessoalmente. Para o religioso, o ideal é que se escolham dois casais de cada lado para que não se espremam na nave da igreja. Os demais convites devem ser entregues em mãos, com antecedência mínima de um mês do evento, sem envelope plástico. O correio deve ser utilizado somente para enviar convites para outras cidades. Nesse caso, o destinatário e endereço vêm em outro envelope (comum) e o convite pode continuar dentro do envelope plástico para não estragar. “É válido lembrar que o convite é nominal. Se está escrito senhor e senhora Fulano de Tal é só o casal que está convidado. Quando é extensivo à família, também não é à família toda, mas sim aos filhos solteiros e sem namorados. Os filhos casados já formaram outra família e devem, se for o caso, receber outro convite. Porque senão chega uma época que ninguém mais te convida para nada”, brinca. Os colegas de trabalho devem ser comunicados do casamento com um convite num mural do setor onde a pessoa trabalha. “Você só deve enviar convites pessoais para os colegas que você tem convívio fora do local de trabalho”, orienta. Para a professora é sempre mais elegante oferecer uma recepção simples a todos do que dar uma festa para poucos. “Não fazer dívidas é o ato mais elegante. A cerimônia deve caber no bolso. Por isso nem preciso falar nada sobre a história de pedir dinheiro como presente. Este ato deve partir de quem presenteia.” Mas se optaram por fazer festa, a família que tiver mais posses deve arcar com a maior parte, sem criar constrangimentos. Apenas as alianças são responsabilidade do noivo. “Aliás, é um gesto esperado pela noiva”, pondera Glorinha. Durante a cerimônia Para entrar no templo, os homens devem dar seu braço direito às suas acompanhantes. A noiva deve entrar na Igreja de braços dados com seu acompanhante. O buquê deve ser segurado na mão direita. Atrasar é um desrespeito ao noivo e aos convidados. Dez minutos são suficientes para manter a tradição de que a noiva atrasa e ser perdoada. O noivo aguarda sua noiva do lado esquerdo do altar, cumprimenta o acompanhante da noiva e, segurando sua mão direita, leva-a ao altar. A noiva fica sempre do lado esquerdo do noivo. Se a noiva estiver de luvas, deve retirá-las somente na hora da troca de alianças. Uma das madrinhas deve segurá-las nessa hora e devolvê-las após o término dos cumprimentos aos padrinhos. Nos cumprimentos na porta da Igreja e durante toda a festa elas devem ser retiradas novamente. “É muito deselegante cumprimentar as pessoas usando luvas. O noivo também deve fechar o paletó na hora dos cumprimentos e de dançar. Ou ele dança sem o paletó ou com o paletó fechado. Mas só vale tirar o paletó se o pai da noiva fizer isso primeiro, autorizando os demais homens da festa a fazê-lo”, explica Glorinha, ressaltando sua postura purista. A professora também não aconselha a escolha de crianças menores de 5 anos para ser pajem ou daminha. Elas podem emburrar, chorar e estragar a entrada da noiva. Sobre as roupas, mães e madrinhas estão proibidas de usarem branco ou champanhe, cores exclusivas da noiva. Preto é permitido para as madrinhas, não para as mães. Os decotes devem ser cobertos por xales e echarpes. Num segundo casamento, o branco é deselegante para a noiva que deve optar por um tom creme ou salmão. Apesar de tradicionalista, Glorinha Ortolan aponta que casar de branco é uma hábito, mas nada impede uma noiva de se casar com um vestido de cor. “Pode ser até pink, mas tem que ter estilo para quebrar a regra.” Se o noivo quiser que todos os padrinhos se vistam como ele, é elegante que arque com as despesas. Da mesma forma que, no caso das daminhas, a noiva deve prestar essa gentileza e dividir com a mãe da criança a escolha da roupa. Flores e cartões Quando a cerimônia é íntima, os pais dos noivos enviam aos amigos cartões de participação do casamento de seus filhos. Se os próprios noivos enviarem os cartões devem oferecem também sua nova residência. Já quem recebe o cartão deve ao menos telefonar para cumprimentar os noivos e os pais. Também é elegante enviar flores ou até mesmo um presente para o casal. Agradecer os presentes é uma obrigação e para fazer isso com elegância, deve-se anotar no verso do cartão recebido o que é o presente, por exemplo, uma cafeteira. “Quando voltarem da lua-de-mel, os noivos devem fazer um cartão agradecendo cafeteira que receberam, oferecer a nova casa e convidar para um cafezinho”, ensina Glorinha. A professora também aconselha que no dia seguinte ao casamento a noiva envie flores para a mãe do noivo e o noivo para a mãe da noiva com votos também para os sogros, agradecendo e elogiando a festa e a cerimônia.

MÃE, SEMPRE MULHER

Na minha maneira de pensar, a existência de Deus manifesta-se de muitas formas. Uma das maiores é o nascimento de uma criança. Um filho é o maior presente que Ele oferece à mulher. E só uma mulher para gerar um ser, carregando- o no seu ventre, durante nove meses, continuando a trabalhar, a dançar, a amar, enfim, a viver.

Essa mulher foi, desde pequena, ensinada a repartir o seu tempo com alguém: auxiliando a mãe nos afazeres domésticos, pegando chinelos para o pai, ajudando o irmão mais moço a terminar a lição, comprando pão na padaria e outras atribuições.

O tempo passa, a menininha cresce e continua a repartir o seu tempo, agora , com responsabilidade. Cuida do marido, da mãe, do filho, da casa e ainda ajuda na sobrevivência da família.

É a viga mestra do lar. A sua posição direciona as pessoas ao seu redor, seu sentimento alimenta a alegria da casa, a felicidade dos filhos e ainda consegue esconder a tristeza, chorando nos cantos, não para mostrar a sua fraqueza, mas para não entristecer seus queridos.

Se lidar com todos esses fatos em uma família estruturada não é fácil., imaginem a força de uma viúva. Não é por outra razão que a Bíblia dedica algumas linhas à ela.

Viúva, casada, solteira, mãe, irmã ou companheira, não importa: ela é mulher, sempre mulher.

A sua sensibilidade aflora e sua intuição forma um paredão que amortiza os problemas e os aborrecimentos do lar.

Dentre todas, curvo-me diante da mãe do filho deficiente, referenciando-a. Apesar da adversidade que a vida lhe apresentou, a sua dedicação e a sua alegria traduzem a humildade e continua agradecendo a Deus pelo presente.

Assim também é a mulher, mãe do bandido, que carrega a esperança como escudo.

Não questiono as razões dessa aquarela que é a vida. Simplesmente, pela fé, aceito.

O Dia das Mães foi instituído para que não nos esqueçamos da imagem que ela representa e prestar homenagem para aquela que Deus criou para enfeitar a ribalta da vida.

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ELEGÂNCIA E DINHEIRO

Ser rico é ter dinheiro. Ser elegante é ter uma postura sustentada por valores morais. Uma coisa não anula a outra. Elegância e riqueza podem andar juntas, entretanto uma pessoa não precisa ser rica para ser elegante. A elegância está mais próxima do modo que uma pessoa conduz a sua vida do que a sua conta bancária.

O principal ingrediente da elegância é a simplicidade. Isso significa tratar todas as pessoas igualmente. Quando entramos em uma casa ou em um estabelecimento, ao passarmos por pessoas, de diferentes níveis sociais, devemos cumprimentá-las e não passar por elas como se fossem móveis ou coisas.

O mundo nos apresenta várias circunstâncias. Penso que haja uma razão maior para os encontros e desencontros da vida, como na letra da música “Roda Viva”, de Chico Buarque de Holanda: “…mas eis que chega roda viva e carrega o destino pra lá”. Porém, esses encontros e desencontros independem da nossa vontade para fazer com que a roda sempre vire a nosso favor.

É preciso ser forte para merecer o poder do dinheiro ou de um importante cargo. Muitas pessoas medem as outras pelo valor da sua riqueza: a casa, o carro, a roupa etc. Esses são seres pobres, interesseiros. Pessoas poderosas são pessoas humildes, generosas e gentis. Valorizam o conforto, mas não exercem a prepotência.

A elegância está presente nas pessoas que não se limitam apenas aos bens materiais, mas naquelas que conhecem as suas limitações e as dos seus semelhantes. As crianças são seres elegantes, não têm orgulho nem preconceito, são ingênuas. Elas querem somente brincar, não se importando com a raça, beleza, riqueza, cor, cargo ocupado pelos pais ou o carro que possuem. Ficam de mãos dadas: a rica e a pobre, a branca e a preta, a linda e a que não é tão bonita… Porque uma criança nunca é feia.

A essência da alma está na humildade. Pessoas humildes são pessoas elegantes. Podem não ser requintadas, mas jamais vão praticar um ato de prepotência e achar que são superiores por terem uma situação financeira confortável.

O oposto da humildade é o orgulho e, para mim, orgulho é ignorância.

Afinal, por toda a minha trajetória como educadora, posso afirmar que riqueza não é sinônimo de elegância